20 janeiro 2008

Um tio... especial!




Há cerca de oito dias, ao chegar à minha casa do Pombalinho, vi-me confrontada com a notícia de que o meu tio tinha sido hospitalizado. Claro que já todos tivemos familiares hospitalizados, e eu não sou excepção. Talvez por alguma outra razão que me faça, nesta altura, sentir mais sensível ou fragilizada, dei comigo a pensar que não seria possível que alguma coisa de mal fosse acontecer. «Não ao meu tio», gritei interiormente. Felizmente a situação não é demasiado preocupante… e, apesar de ainda se encontrar internado, as “coisas” estão controladas.
Pouco depois, dei comigo a reflectir… trata-se do meu tio mais novo, aquele com quem convivi mais de perto, junto do qual nasci e cresci…o pai dos meus primos mais novos aqueles que me vêm imediatamente à memória quando ouço a palavra “primo” e por quem sinto um afecto especial feito de ternura, carinho e cumplicidades! (que me perdoem todos os outros…)
Corri ao hospital a saber notícias, num misto de sensações difíceis de definir: Por um lado a insegurança pela ainda escassa informação, por outro a dificuldade que seria vê-lo fragilizado e indefeso… («como é possível que o tio tenha tido um enfarte, se faz tanto exercício?» – perguntou-me o meu filho)… «Oh, como gostaria de ter coragem de lhe dizer quanto gosto dele e quanto desejo que regresse depressa a casa» – pensei eu.
Não é fácil expormos os nossos sentimentos…muito menos ainda falarmos deles “cara a cara”. Agradeço, por isso ao Manuel, a oportunidade de, daqui, dizer ao tio Ezequiel:
- Tio, a sua sobrinha ama-o muito. Volte depressa e com muita força.