Não é
muito frequente em qualquer lugar do nosso país o lançamento de dois livros no
espaço temporal de um mês, por escritores naturais da mesma terra. De facto, no
início de Julho recebi de Guilherme Afonso um exemplar do seu livro
recentemente criado e cujo título de capa se chama “Memória Inconsumível”.
Se nos lembrar-mos de que semelhante evento
teve lugar no dia 19 de Junho de 2007 no Pombalinho, para celebrar o lançamento
de outro livro de poesia “Pedaços
da Minha Vida” da autoria de Maria Luísa Duarte Narciso, bem
nos podemos regozijar e considerar estes dois acontecimentos como
verdadeiramente inéditos em toda a história da nossa terra. É com imenso
orgulho que o Pombalinhense se associa (embora distante fisicamente) ao pré
lançamento deste livro da autoria do nosso Amigo a residir em Maputo, uma vez
que o acto oficial ainda aguarda data de confirmação. Uma obra literária traduz
sempre reflexos sentimentais de quem o escreve e ao lê-la estamos
indubitavelmente em permanente diálogo com o seu criador, neste livro assim é:
viajamos poeticamente nos seus tempos, nas suas amarguras, nos seus encantos e
desencantos e finalmente nas suas utopias.
Fazer esta viagem comprometida, como o próprio
deixa bem claro no seu primeiro poema intitulado “Poesia”, é conhecermos melhor
o homem perante o mundo a que todos nós pertencemos, sem tabus de qualquer
espécie e em que denuncia com o seu caraterístico rigor linguístico, os
atropelos sociais, as injustiças e tudo que tenha a ver com a usurpação
hipócrita do poder pelos “insensíveis
à fragrância de uma flor” como exemplarmente denuncia num dos seus poemas,
intitulado , “Escória”.
Vamos
pois, viajar com o Guilherme nesta sua “Memória
Inconsumível”, editado pela “Imprensa Universitária” em que tem a
colaboração de seu filho Afonso dos Santos na responsabilidade gráfica da capa
( a fotografia é da autoria do Guilherme) e também na revisão. Finalmente, O Pombalinhense deseja ao Guilherme Afonso as maiores felicidades para
este seu mais recente trabalho literário e pode crer que nós Pombalinhenses, que temos por si um enorme carinho, estamos fazendo votos
para que o poeta, pelo seu muito caminho ainda por percorrer..., fale aos pássaros, fale às
árvores, fale à chuva, fale ao vento, sem ter que pensar no que diz, e quem
sabe, nasça daí MAIS POESIA!!!...* muita mais Poesia!!! *Frase em itálico, adaptada a
partir do poema “Enjoo”.