Quem hoje passa pelo que resta da Quinta de Fernão Leite, não
resiste a uma breve paragem de contemplação perante um cenário de quase total
ausência de vida num espaço onde em tempos foi uma das mais importantes quintas
da freguesia do Pombalinho.
Já não pude apreciar a exuberante abertura do leque
multicolor da cauda de um pavão ou as cantorias dos perus que por ali haviam,
nem tão pouco evitei uns enormes patos-mudos que corriam sempre em nossa
direcção à passagem que fazíamos pela estrada de serventia à quinta, limitei-me
apenas saudosamente e junto a um eucalipto em fim de vida, a admirar a
persistência de uma família de cegonhas que teimosamente tenta resistir à
implacável máquina do tempo.
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